Esta é a terceira e última parte da exposição sobre os grandes filmes que estão concorrendo ao Oscar 2009 que acontecerá no dia 22 deste mês. Hoje serão apresentados 4 filmes. Clique nas imagens para assistir aos trailers. Clique aqui para ver a 1ª parte do especial e aqui para ver a 2ª.
O Casamento de Rachel (EUA, 2008). Escrito por Jenny Lumet. Dirigido por Jonathan Demme. O longa, apesar de estar indicado somente na categoria melhor atriz, tem sido aclamado pela crítica e é visto como mais um dos filmes desmerecidos pelas grandes premiações. Esse drama cotidiano conta a estória de Kym, uma dependente química em processo de reabilitação que ganha o direito de sair de sua clínica por um final de semana para ir ao casamento da irmã, a tal rachel do título do filme.
Apesar da aparente simplicidade do roteiro, Rachel Getting Married se configura como um drama de intimidade que convida o espectador a espreitar as nuances da vida de uma família fragmentada: pais separados, mortes prematuras, culpas remoídas.
A atriz principal do filme, Anne Hathaway, mais conhecida por seus papeis em comédias leves (O Diabo Veste Prada) e produções da Disney (O Diário da Princesa), recebeu o desafio de encarnar uma personagem bem mais complexa e não fez feio. A sua Kym é o retrato de uma juventude falhada que busca uma espécie de redenção. Se ela consegue isso ou não, só assistindo ao filme, que já está em cartaz aqui no Brasil.
Dúvida (EUA, 2008). Escrito e Dirigido por John Patrick Shanley. O mais novo filme da aclamada atriz Meryl Streep chega ao Oscar com cinco indicações: Melhor roteiro adaptado, duas indicações na categoria de melhor atriz coadjuvante(Viola Davis e Amy Adams) além das indicações de Philip Saymour Hoffman como Melhor ator coadjuvante e da própria Meryl como Melhor atriz..
“Dúvida” é baseado na peça homônima que, em 2005, arrematou o prêmio Pulitzer, maior prêmio americano na área cultural, na categoria de melhor montagem de drama. O filme trouxe muito do ambiente teatral ao focar as puras relações entre os personagens em detrimento de efeitos outros, como a valorização do cenário, da fotografia e de figurinos caprichados. “Doubt” é um filme de poucos personagens, mas todos marcantes. Viola Davis, por exemplo, aparece somente em uma sequência de cena, o suficiente para lhe render uma mais que merecida indicação ao prêmio de Melhor Atriz.
O filme se passa no ano de 1964, num convento católico localizado no Bronx, Estados Unidos. Meryl Streep interpreta uma freira conservadora que vê com maus olhos as atitudes do novo Padre, Philip Saymour Hoffman, criando uma atmosfera de dúvida e suspeita em relação a ele. Corrupção de menores, pedofilia, tudo é jogado no ar de maneira indireta. Mesmo assim, a única certeza que o filme deseja abertamente transmitir ao telespectador é o indubitável poder que a dúvida tem de corroer e destruir as relações humanas.
Milk - A Voz da Igualdade (EUA, 2008). Escrito por Dustin Lance Black. Dirigido por Gus Van Sant. Tradicionalmente, os Oscars tendem a valorizar filmes americanos que tracem um determinado panorama político. Esse ano não foi diferente, com filmes como Milk e Frost/Nixon concorrendo na principal categoria da premiação.
Milk trata do lado sujo da política americana nos anos 70, ressaltando a figura de Harvey Milk, liderança do movimento gay e primeiro político assumidamente homossexual a ser eleito pelo povo americano. A cinebiografia de Milk esboça a trajetória do líder, interpretado por um irreconhecível Sean Penn, desde as suas seguidas derrotas, até a sua consagração e culminando com o seu brutal assassinato pelo rival político Dan White(Josh Brolin). Apesar de se tornar cansativo em alguns momentos, o filme se arma do que há de melhor para uma boa exposição histórica: mistura cenas reais com fictícias e não economiza ao mostrar a realidade de uma sociedade preconceituosa como a americana.
Além da indicação a Melhor Filme, Milk concorre a mais sete estatuetas, incluindo melhor diretor para Gus Vant Sant e Melhor ator para Sean Penn, tido como favorito nessa categoria.
Frost/Nixon (EUA, 2008). Escrito por Peter Morgan. Dirigido por Ron Howard. Em 1974 os Estados Unidos passavam por uma situação ímpar e jamais vista nos seus quase dois séculos de sua democracia: a renúncia de um presidente legitimamente eleito. Tratava-se de Richard Nixon e o motivo de sua saída vergonhosa era nada mais que o escândalo que abalara o país dois anos antes, o caso Watergate. Acusado de participar diretamente do escândalo, Nixon não resistiu à pressão e renunciou ao cargo, porém sem admitir ao povo americano a sua culpa.
O filme Frost/Nixon mostra justamente a indignação americana diante da falta de explicações do presidente, que simplesmente se afastou da política. Somente cinco anos após Watergate, em 1977, é que Nixon resolve comentar mais abertamente o caso, ao conceder uma entrevista ao jornalista britânico David Frost. A entrevista se tornaria um marco na história da televisão americana: sua primeira parte foi vista por mais de 45 milhões de pessoas, algo impensável para a época.
Indicado a cinco estatuetas – inclua-se aí Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator, a grande tríade - o filme conta com o ator veterano, mas pouco conhecido no Brasil, Frank Langella no papel de Nixon, além de atores como Michael Sheen e Kevin Bacon.
Apesar da aparente simplicidade do roteiro, Rachel Getting Married se configura como um drama de intimidade que convida o espectador a espreitar as nuances da vida de uma família fragmentada: pais separados, mortes prematuras, culpas remoídas.
A atriz principal do filme, Anne Hathaway, mais conhecida por seus papeis em comédias leves (O Diabo Veste Prada) e produções da Disney (O Diário da Princesa), recebeu o desafio de encarnar uma personagem bem mais complexa e não fez feio. A sua Kym é o retrato de uma juventude falhada que busca uma espécie de redenção. Se ela consegue isso ou não, só assistindo ao filme, que já está em cartaz aqui no Brasil.
“Dúvida” é baseado na peça homônima que, em 2005, arrematou o prêmio Pulitzer, maior prêmio americano na área cultural, na categoria de melhor montagem de drama. O filme trouxe muito do ambiente teatral ao focar as puras relações entre os personagens em detrimento de efeitos outros, como a valorização do cenário, da fotografia e de figurinos caprichados. “Doubt” é um filme de poucos personagens, mas todos marcantes. Viola Davis, por exemplo, aparece somente em uma sequência de cena, o suficiente para lhe render uma mais que merecida indicação ao prêmio de Melhor Atriz.
O filme se passa no ano de 1964, num convento católico localizado no Bronx, Estados Unidos. Meryl Streep interpreta uma freira conservadora que vê com maus olhos as atitudes do novo Padre, Philip Saymour Hoffman, criando uma atmosfera de dúvida e suspeita em relação a ele. Corrupção de menores, pedofilia, tudo é jogado no ar de maneira indireta. Mesmo assim, a única certeza que o filme deseja abertamente transmitir ao telespectador é o indubitável poder que a dúvida tem de corroer e destruir as relações humanas.
Milk trata do lado sujo da política americana nos anos 70, ressaltando a figura de Harvey Milk, liderança do movimento gay e primeiro político assumidamente homossexual a ser eleito pelo povo americano. A cinebiografia de Milk esboça a trajetória do líder, interpretado por um irreconhecível Sean Penn, desde as suas seguidas derrotas, até a sua consagração e culminando com o seu brutal assassinato pelo rival político Dan White(Josh Brolin). Apesar de se tornar cansativo em alguns momentos, o filme se arma do que há de melhor para uma boa exposição histórica: mistura cenas reais com fictícias e não economiza ao mostrar a realidade de uma sociedade preconceituosa como a americana.
Além da indicação a Melhor Filme, Milk concorre a mais sete estatuetas, incluindo melhor diretor para Gus Vant Sant e Melhor ator para Sean Penn, tido como favorito nessa categoria.
O filme Frost/Nixon mostra justamente a indignação americana diante da falta de explicações do presidente, que simplesmente se afastou da política. Somente cinco anos após Watergate, em 1977, é que Nixon resolve comentar mais abertamente o caso, ao conceder uma entrevista ao jornalista britânico David Frost. A entrevista se tornaria um marco na história da televisão americana: sua primeira parte foi vista por mais de 45 milhões de pessoas, algo impensável para a época.
Indicado a cinco estatuetas – inclua-se aí Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator, a grande tríade - o filme conta com o ator veterano, mas pouco conhecido no Brasil, Frank Langella no papel de Nixon, além de atores como Michael Sheen e Kevin Bacon.






0 comentários:
Postar um comentário